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Guerreiro Ramos

Alberto Guerreiro Ramos nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 13 de setembro de 1915. Filho de agricultores, perdeu o pai ainda criança. Mudou-se com a mãe para Salvador onde, aos onze anos, começou a trabalhar. Na Universidade do Brasil (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), formou-se em Ciências Sociais e em Direito (1942 e 1943, respectivamente). Ainda na primeira metade da década de 1940, durante o Estado Novo, trabalhou em diversos órgãos governamentais, entre eles o Departamento de Administração do Serviço Público (Dasp), o Departamento Nacional da Criança e a assessoria do Presidente Getulio Vargas. Em 1947, uniu-se a Abdias Nascimento no Teatro Experimental do Negro (TEN), para o qual contribuiu como articulista do jornal Quilombo, e em 1949 participou da fundação do Instituto Nacional do Negro, do qual se tornaria diretor. A partir de 1952, passou a atuar na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre 1956 e 1958, foi membro do departamento de Sociologia do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), órgão do Ministério da Educação e Cultura. Membro do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumiu o mandato de deputado federal em 1963, quando Leonel Brizola, de quem era suplente, foi eleito governador pelo Rio Grande do Sul. Em 1964, porém, com a instauração do regime militar, Guerreiro Ramos foi cassado. Em 1966, mudou para os Estados Unidos, onde passou a dar aulas no curso de Administração Pública da Universidade do Sul da Califórnia (USC). Em 1979, foi convidado a voltar ao Brasil para participar da criação de um programa de pós-graduação em planejamento governamental na Universidade Federal de Santa Catarina, onde se tornou professor visitante, sem jamais se desfazer de seu vínculo com a USC. Em 6 de abril de 1982, aos 66 anos, morreu em Los Angeles.

 

Obras selecionadas:

Negro sou – A questão étnico-racial e o Brasil: Ensaios, artigos e outros textos (1949-73), org. Muryatan S. Barbosa. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.

Mito e verdade da revolução brasileira. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1963 [2a ed.: Florianópolis: Insular, 2016].

Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editorial Andes, 1957 [2a ed.: Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995].

The New Science of Organizations: A Reconceptualization of the Wealth of Nations. Toronto/Buffalo: University of Toronto Press, 1981 [ed. bras.: A nova ciência das organizações: Uma reconceituação da riqueza das nações, trad. Mary Cardoso. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1981; 2a ed.: Rio de Janeiro: Editora FGV, 1989 / trad. Francisco G. Heidemann e Ariston Azevedo. Florianópolis: Enunciado, 2022].

Administração e contexto brasileiro: Esboço de uma teoria geral da administração, 2a ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1983.

Considerações sobre o modelo alocativo do governo brasileiro. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/ UFSC, 1980.

Cadernos do Curso de Pós-Graduação em Administração. Administração e estratégia do desenvolvimento: Elementos de uma sociologia especial da administração. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1966.

A crise do poder no Brasil: Problemas da revolução nacional brasileira. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1961.

O problema nacional do Brasil. Rio de Janeiro: Saga, 1960. Condições sociais do poder nacional. Rio de Janeiro: ISEB, 1957.

Cartilha brasileira do aprendiz de sociólogo. Rio de Janeiro: Editorial Andes, 1954.

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