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Malcolm X

Malcolm X nasceu Malcolm Little em 19 de maio de 1925, em Omaha, nos Estados Unidos. Sua mãe, Louise Little, era ativista no movimento pan-africano de Marcus Garvey, a Associação Universal pelo Progresso do Negro, da qual seu pai, Earl Little, pastor da Igreja Batista, era também membro importante. O casal teve sete filhos. Devido à participação de ambos no movimento por direitos civis, a família Little foi sistematicamente perseguida por grupos supremacistas brancos: além de ter sido forçada a se mudar duas vezes, sua casa foi incendiada, e Earl, assassinado. Nos anos que se seguiram, marcados pela fome e pela pobreza, Malcolm passou a cometer pequenos furtos e acabou sendo levado pela assistência social para morar em lares adotivos e, posteriormente, em um centro de reabilitação. Louise chegou a envolver-se com outro homem, mas ele a abandonou quando ela engravidou. Em 1939, cada vez mais sobrecarregada e solitária, Louise foi internada em um hospital psiquiátrico. Malcolm foi, então, convidado a morar em Boston, Massachusetts, com sua meia-irmã Ella, fruto de um casamento anterior de Earl. Ali, o adolescente exerceu uma série de subempregos depois de abandonar o ensino médio, motivado pelo racismo de parte do corpo docente. Em janeiro de 1946, foi preso por roubo e permaneceu encarcerado por quase sete anos. Nesse período, seus irmãos, que haviam se convertido ao islamismo, introduziram-no à organização religiosa Nação do Islã, e Malcolm passou a estudar os ensinamentos do líder Elijah Muhammad. Estudou também história, filosofia e, principalmente, sobre a escravidão e as questões raciais. Ao sair da prisão, em agosto de 1952, mudou seu sobrenome para “X”, em rejeição à herança escravocrata de “Little”. Logo foi nomeado ministro da Nação do Islã, e seu carisma, sua firmeza e sua oratória resultaram no crescimento exponencial da organização, fazendo dele uma figura notória na mídia e na política estadunidenses. Em 1958, casou-se com a educadora Betty Sanders (que depois mudaria seu sobrenome para Shabazz), com a qual teria seis filhas. Em 1964, decepcionado com a Nação do Islã, sobretudo com seu líder, deixou o grupo para fundar a Associação da Mesquita Muçulmana. Essa saída não foi pacífica, ficando marcada por diversos episódios de violência e ameaças contra Malcolm. No mesmo ano, realizou uma peregrinação a Meca, quando adotou também o nome El-Hajj Malik El-Shabazz, e viajou por diversos países do continente africano, estreitando relações com líderes e movimentos revolucionários e expondo a situação dos afro-americanos. Nessas viagens, pôde discernir melhor as gigantescas proporções do racismo nos Estados Unidos. Ao retornar ao seu país, Malcolm fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, uma entidade sem vínculos religiosos. Em meio a atritos com membros da Nação do Islã e com grupos supremacistas brancos, assim como a uma constante vigilância por parte do FBI, da CIA e do Departamento de Polícia de Nova York, passou a receber ameaças de morte. Em 1965, sua casa em Nova York foi incendiada, mas a família conseguiu escapar. Na semana seguinte, porém, durante uma palestra no Salão Audubon, em Manhattan, Malcolm foi assassinado com quinze tiros, aos 39 anos de idade, diante da esposa, grávida, e das quatro filhas. Os disparos vieram de uma espingarda e duas pistolas. Exatamente naquele noite, os policiais que sempre faziam a segurança do local não estavam presentes. Um membro da Nação do Islã foi detido em flagrante pelos seguranças de Malcolm; dias depois, outros dois suspeitos foram presos. A frágil investigação que se seguiu, contudo, jamais deu respostas conclusivas, e até hoje o crime permanece envolto em mistério. Mil e quinhentas pessoas compareceram ao funeral de Malcolm em uma igreja do Harlem. No mesmo ano, Betty deu à luz gêmeas.
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