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Carlos Marighella

Político, escritor e guerrilheiro comunista. Em 1929, ainda aluno de segundo grau no Ginásio da Bahia, surpreendeu seus professores com uma prova de Física em versos, Dissertação sobre o espelho, que, pelo ineditismo, ficou exposta no painel central da Escola. Em 1931, inicia curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica da Bahia. Nesse período passa a ser correspondente da Revista Brasileira de Matemática. Em 1932, foi preso por participar de um ato pela constitucionalização do país. No cárcere, compôs um poema crítico ao interventor da Bahia, Juraci Magalhães. No mesmo ano, abandonou a faculdade e ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCB). Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Em 1936, foi preso e torturado pela polícia política carioca na Delegacia Especial de Segurança Política e Social de Filinto Müller. Libertado em 1937, seria novamente preso em São Paulo, e depois transferido para o Distrito de Fernando de Noronha, e em seguida para Ilha Grande, no Rio de Janeiro, permanecendo preso nove anos no total. Em 1945, recebeu anistia política. No mesmo ano, foi eleito deputado federal pela Bahia, integrante da bancada constituinte do PCB ao lado de Jorge Amado, Claudino Silva, João Amazonas e Luís Carlos Prestes, eleito senador. Em 1948, consumada a cassação do registro do PCB e dos mandatos dos seus deputados federais, inclusive o de Marighella, dedica-se à reorganização do Partido na clandestinidade, fase que terminaria em 1955, com a eleição do Presidente Juscelino Kubitschek. Na semilegalidade Marighella se firma como um dos mais populares dirigentes do Partido. Morando no Rio de Janeiro, passa a coordenar a edição da revista Problemas da paz e do socialismo, além de atuar intensamente nas publicações jornalísticas. É dessa época sua aproximação com figuras da intelectualidade brasileira, incluindo personalidades da música, do teatro e da literatura. Com o advento do Golpe Militar de 1964, Marighella se recusa a sair do país. Procurado pela polícia política, é preso e baleado dentro de um cinema no Rio de Janeiro. Sai da breve prisão por força de habeas corpus impetrado pelo jurista Heráclito Sobral Pinto. Em 1965, lançou o livro Por que resisti à prisão. Em 1967, viajou a Cuba como convidado da Primeira Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (Olas). Em Havana, deu entrevista sobre suas divergências com o Comitê Central do PCB, sendo uma delas sua defesa da luta armada como método de combate à ditadura. Nesse mesmo ano foi expulso do Partido pelo Comitê Central; em resposta, publica carta com recíproca decisão. Em 1969, fundou, junto de Joaquim Câmara Ferreira, a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de oposição à ditadura militar. Em 4 de novembro do mesmo ano, Marighella foi surpreendido por uma emboscada dirigida pelo delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury e assassinado em São Paulo, na Alameda Casa Branca.

Obras selecionadas:

Por que resisti à prisão (1965)

Minimanual do guerrilheiro urbano (1969)

Rondó da liberdade (1994)

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