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Esta seleção de textos sobre loucura, linguagem e literatura, inédita em português, busca fazer jus à centralidade desses temas no pensamento de Foucault. Figura-limite dos mecanismos de controle e conhecimento das sociedades ocidentais, o louco apresenta uma curiosa afinidade com a literatura, não só pela frequência com que aparece representado em obras literárias mas pela maneira como ambos desorganizam os códigos linguísticos estabelecidos. É sobre essa relação do louco com a linguagem e a sociedade, sobretudo no teatro barroco e nas obras de Artaud e Roussel, que o autor se debruça nos primeiros ensaios, partindo em seguida para uma reflexão sobre a experiência da filosofia em Bataille e dali para um conjunto de textos sobre estruturalismo e crítica literária, que incluem análises detidas sobre obras de Flaubert e Balzac.

Datados em sua maioria das décadas de 1960 e 1970, esses textos, escritos de maneira fluida, como uma série de anotações vivas e interligadas, apresentam uma versão oblíqua de Foucault sobre temas que o autor tinha famosamente em conta.

Organizado pelos especialistas Henri-Paul Fruchaud, Daniele Lorenzini e Judith Revel, que também assina a introdução, a edição traz notas críticas para elucidar temas abordados no contexto da obra foucaultiana.



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Nestas duas conferências – “O que é a crítica?”, de 1978, e “A cultura de si”, de 1983, – Michel Foucault retoma a ideia de “crítica” a partir de um texto de Kant, “O que é
Aufklärung?” (“O que é Esclarecimento”). Seguindo Kant, Foucault define a crítica, principalmente, como uma “atitude”, um “gesto” de insubordinação, de desobediência, de abandono da “servidão voluntária” às estratégias de dominação. Para além de Kant, entretanto, Foucault faz uma genealogia da ideia de “crítica” para encontrar gestos semelhantes em outros momentos da história ocidental. A filosofia passa a ser redefinida como “atitude crítica”, não apenas um trabalho teórico de reflexão, mas principalmente como um “modo de vida” marcado pela permanente insurgência. Mais do que exercícios eruditos de comentário filosófico, as conferências expõem a maneira singular como Foucault transforma a herança kantiana em uma caixa de ferramentas para pensar a atualidade. De um lado, a crítica entendida como um modo de viver, como a “arte de não ser tão governado”, uma ação definida pela insubmissão, pela rebeldia. De outro, a cultura de si retomada na tradição greco-romana para repensar as formas de subjetivação modernas.


Organizado pelos especialistas Henri-Paul Fruchaud e Daniele Lorenzini, o volume conta ainda com uma introdução substancial que situa os textos no percurso intelectual do filósofo e com notas críticas que esclarecem referências históricas e conceituais, permitindo ao leitor compreender a articulação entre crítica, Aufklärung (Iluminismo ou Esclarecimento) e cultura de si no conjunto da obra foucaultiana.

O que é a crítica?

SKU
9788571262089
Fora de Estoque

    Organização

    Henri-Paul Fruchaud, Daniele Lorenzin

    Tradução

    Claudio Medeiros, João Francisco Gabriel, Ivan de Sampaio, Mario Antunes Marino, Rafael Furtado

    Ilustração

    Leonilson

    Introdução

    Daniele Lorenzini e Arnold I. Davidson
Características

Idioma

português

Tipo

brochura

Formato

14 × 21 cm

Peso

192

ISBN

9788571262089
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