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Negar-se a obedecer às ordens de um superior incompetente ou a leis injustas, resistir ao professor, ao padre, ao policial quando abusam de seu poder. O que torna a desobediência tão difícil? Frédéric Gros faz neste ensaio uma reflexão sobre um tipo de desobediência que exige esforço, que provoca o questionamento das hierarquias, mas também dos hábitos, do conforto, da resignação, para defender o que ele chama de democracia crítica.
Retomando uma trajetória que parte do pensamento antigo e do clássico Discurso da servidão voluntária, de La Boétie, passando por Thoreau e sua Desobediência civil e o caso Eichmann comentado por Hannah Arendt, entre outros, o autor nos faz descobrir que a verdadeira reflexão sobre a desobediência política depende da resposta à pergunta primordial: Por que obedecemos? A obediência busca estabelecer, sem limites, o domínio político, mas cria principalmente a cegueira e a aceitação do mundo, o medo da desordem sem julgamento. A desobediência só pode ser construída com a resistência ética e a democracia crítica.
o que falam desta obra
"Há muitas formas de desobedecer – e também de obedecer, cada uma com seu próprio teor ético e politico. O filósofo francês Frédéric Gros destrincha essas formas a partir de uma 'estilística da obediência', buscando a raiz da 'ética política' que dá sentido e razão aos atos de desobediência […]. Esse é o mote de 'Desobedecer'."
"Em um ensaio profundo e saudável, o filósofo Frédéric Gros, professor de teoria política do Institut d'études politiques de Paris [Sciences-Po] e especialista na obra de Michel Foucault, questiona as razões e as raízes da desobediência. Na construção de seu argumento, ele se vale tanto da literatura quanto da filosofia."
"Para Gros, o problema não é a desobediência civil, que a lei proíbe, mas a obediência civil, a razão pela qual as pessoas não se revoltam. Gros mostra através de exemplos históricos o problema das pessoas obedecerem aos ditames impostos pelos dirigentes. Obedecer tem sido ao longo do tempo aceitar a guerra, a pobreza, a fome e a estupidez que assolam o mundo, o capitalismo desenfreado que produz vítimas humanas para constituir uma elite rica, enfim, a desigualdade."